O retorno do horário de verão em novembro está praticamente confirmado pelo governo Lula (PT), como parte de um esforço para economizar energia.
Segundo auxiliares do presidente, a medida tende a ter um impacto inflacionário menor e não deve gerar efeitos colaterais significativos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a melhoria não prejudicará o calendário eleitoral, tendo informado à presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, que a mudança não afetará o segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro.
Nesta semana, Silveira se reunirá com representantes dos setores aéreo, comercial e industrial para discutir a medida, buscando minimizar possíveis dificuldades logísticas, especialmente para as companhias aéreas. Essas empresas já se preocuparam com as alterações nas escalas de voos, mas o governo acredita que o horário de verão ajudará na economia energética, com previsão de economia de cerca de R$ 400 milhões e contribuir positivamente para o PIB.
A decisão de retomar o horário de verão foi motivada pelas condições climáticas adversas, como a seca enfrentada pelo país, que geraram preocupações com a capacidade do sistema elétrico. Embora o cenário atual não seja crítico, o ministro Silveira destacou que a diluição do consumo no horário do pico, proporcionada pela mudança no fuso, pode aliviar a demanda e reduzir o uso de fontes mais caras, como as térmicas. Ele ainda ressaltou os benefícios para o comércio e o lazer, com mais tempo de luz solar no fim da tarde.
A medida, que foi suspensa em 2019 no governo de Jair Bolsonaro (PL), segue cercada de polêmicas. Especialistas divergem sobre sua eficácia no cenário energético atual, mas o governo avalia que, com as condições climáticas desfavoráveis, o retorno do horário de verão é uma solução viável para garantir maior segurança energética e evitar sobrecarga no sistema elétrico nacional.
Fonte: Meio Norte