Neirla Maria, tia de Maria Jocilene da Silva, que morreu no dia 24 de janeiro, após dar entrada no hospital com sintomas semelhantes ao de envenenamento, rebateu as acusações de Maria dos Aflitos sobre possível envolvimento da familiar na tragédia ocorrida em Parnaíba no dia 1º de janeiro.
Em entrevista exclusiva à repórter Luzia Paula, Neirla afirmou que a sobrinha, que também era tratada como irmã, não seria capaz de envenenar a família. Ainda sobre as acusações de Maria dos Aflitos, matriarca presa na última sexta-feira (31/01), a tia relatou que as declarações somente surgiram após a morte de Maria Jocilene.
“Eu não consigo imaginar ela fazendo isso. Não foi esse monstro que minha mãe criou. Não passa na cabeça de ninguém que conhece ela, que conviveu com ela, ninguém acredita nessa história. Se ela fez isso, por que não falaram antes? Por que deixou ela morrer para poder falar?”, apontou.
“Morto não fala. Morto não se defende. Você pode falar o que você quiser do morto, mas ele não vai ter como se defender.”
Questionada sobre um suposto caso entre as duas mulheres, Maria dos Aflitos e Maria Jocilene, a Neirla negou saber de qualquer relacionamento entre ambas. O assunto vem sendo levantado após a prisão da matriarca, envolvendo a antiga amizade.
“Eu não tinha conhecimento. A gente achava estranho a amizade que era muito grande. Aonde uma estava a outra estava. Aonde uma iria a outra iria. Mas de certeza ninguém nunca viu nada”, ressaltou a tia de Maria Jocilene.
Agora, com a nova reviravolta no caso que vitimou várias pessoas da mesma família, Neirla Maria pede justiça às autoridades para esclarecer quem teria de fato envenenado os familiares.
“Para ela (Maria dos Aflitos) tá fácil condenar uma pessoa que já morreu. Espero que a verdadeira história apareça e, diante disso, Justiça, é a única coisa que queremos”, finalizou.
Morte de Maria Jocilene
Maria Jocilene da Silva, ex-cunhada de Francisca Maria, uma das vítimas fatais do episódio anterior, havia voltado a apresentar sintomas semelhantes aos do envenenamento, como vômitos e dores abdominais. Ela foi socorrida em estado grave e levada ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), onde permaneceu internada.
A unidade chegou a informar que Jocilene passou por atendimento emergencial para investigar a causa do mal-estar, porém não resistiu e foi a óbito. A causa da morte ainda é investigada.