A notícia da transferência do Tenente Coronel Félix, atual comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar em Oeiras, para a cidade de Uruçuí caiu como um balde de água fria na população oeirense. Em pouco mais de dois meses à frente do batalhão, o comandante conseguiu o que parecia impossível: devolver à cidade a sensação de segurança e visibilidade das forças policiais nas ruas.
Sob seu comando, o policiamento ostensivo foi intensificado com operações frequentes e estratégias eficazes de combate à criminalidade. Os efeitos foram imediatos — a redução nos índices de violência foi percebida até pelos mais céticos. Pela primeira vez em muito tempo, a população passou a enxergar a presença da Polícia Militar como real e atuante.
A decisão de transferi-lo, no entanto, levanta sérias questões. Por que tirar de Oeiras um comandante que finalmente mostrou serviço? Que critérios são considerados na hora de definir essa mudança? E mais: há garantia de que sua saída será apenas temporária, como afirmam fontes ligadas à corporação?
O temor de que o Tenente Coronel Félix não retorne é legítimo. Antes dele, o batalhão era comandado por um oficial de atuação discreta — para não dizer invisível — cuja passagem foi marcada pelo distanciamento da tropa e pela ausência de ações efetivas. A comparação entre as duas gestões é inevitável e só aumenta a sensação de que Oeiras pode estar prestes a dar um passo atrás no que conquistou com tanto esforço.
Em tempos de crise na segurança pública, o mínimo que a sociedade espera é coerência nas decisões administrativas. A saída de Félix, nesse contexto, parece menos uma necessidade e mais uma escolha equivocada — ou pior, política.
A população de Oeiras merece esclarecimentos. E, acima de tudo, merece respeito.