Terça, 15 de Julho de 2025
Cidades PEDIDO DE CASSAÇÃO

Ministério Público aponta abuso de poder econômico em Cajazeiras do Piauí e pede cassação dos mandatos de prefeito e vice

Depoimento detalha suposta compra de votos e embasa pedido de perda de mandato, multa e inelegibilidade

04/07/2025 às 06h01
Por: Da Redação
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Ministério Público aponta abuso de poder econômico em Cajazeiras do Piauí e pede cassação dos mandatos de prefeito e vice

O município de Cajazeiras do Piauí aguarda a decisão da Justiça Eleitoral sobre a possível cassação dos mandatos do prefeito Carlos Alberto Silvestre de Sousa (PP) e do vice-prefeito Alfredo Júnior (PSD). A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra os dois gestores está conclusa para decisão desde o dia 27 de junho e tramita na 94ª Zona Eleitoral de Oeiras.

O Ministério Público Eleitoral é enfático ao solicitar a perda dos mandatos, a aplicação de multa e a declaração de inelegibilidade do atual prefeito, sob acusação de abuso de poder econômico.

A manifestação assinada pelo promotor Francisco de Assis se baseia em depoimento prestado por uma testemunha, que afirma ter negociado o voto diretamente com o prefeito Carlos Alberto, em setembro, na casa do ex-prefeito Ferreirinha. Segundo o relato, o valor acertado foi de R$ 4 mil, pagos em espécie, em sua maioria em cédulas de R$ 100. A testemunha afirmou ainda que o prefeito anotou o valor em um papel e que, no momento da entrega, estavam presentes o vice-prefeito Alfredo Júnior, Maria Zilma e Eduardo Bezerra.

Com base no depoimento, o Ministério Público obteve autorização judicial e executou mandados de busca e apreensão (processo nº 0600283-36.2024.6.18.0094) nas residências do prefeito, na Rua Edivar R. Nunes, e do ex-prefeito Ferreirinha, na Rua Chico Preto. Durante a operação, foram localizadas listas com nomes de 85 pessoas.

Esses dados foram cruzados com informações da rede INFOSEG. A investigação apontou que apenas seis dos 85 nomes não pertencem ao eleitorado de Cajazeiras, o que, segundo o Ministério Público, indica possível uso indevido de cadastros eleitorais.

O processo segue aguardando julgamento, ainda sem data definida.

 

Com informações do Portal A10+

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